Doctar - UX Testing
Primeiro teste
A análise dos resultados quantitativos foi a base para desenvolver a solução e o primeiro protótipo em baixa definição.
Objetivos do teste
Geral: Descobrir a facilidade ou não no uso das funcionalidades incluídas no protótipo.
Específicos: Observar as métricas de sucesso/tempo/falha na completude das tarefas, validar o que estivesse aceitável e identificar falhas e consequentes ajustes.
Metodologia aplicada
Essa etapa foi realizada utilizando técnicas qualitativas e quantitativas, ambas suportadas pelo mesmo script com as métricas HEART.
- A quantitativa foi feita exclusivamente medindo a execução das tarefas com uso do Maze.
- A qualitativa consistiu de entrevistas remotas monitoradas por Google Meet, telas compartilhadas, aplicando o mesmo teste Maze, e num segundo momento compartilhando o link do protótipo para livre exploração, com uso da técnica “think loud”, na qual solicitamos aos usuários para pensar alto durante a execução das tarefas e comentários.
Aprendizados
Os resultados acima são da terceira versão do teste. Ficou muito claro que testes de usabilidade são delicados em seu propósito e execução, e as tarefas devem ser redigidas de maneira muito clara e objetiva, do contrário os usuários podem ficar confusos e os resultados serão enviezados ou não terão sua relevância e objetivos atingidos adequadamente.
Mesmo com objetividade e clareza nas tarefas e sobre como executar de maneira satisfatória, alguns usuários não prestam atenção às tarefas, ficam “explorando” a interface e facilmente se desviam do que foi solicitado, ou interrompem o teste com alguma distração como atender telefone etc, fazendo com que o resultado final nunca seja 100% consistente.
Segundo teste
Com aplicação dos mesmos objetivos e metodologias do primeiro teste, aqui esperávamos acréscimo no sucesso da realização das tarefas, a partir dos ajustes feitos com base nos aprendizados realizados.
No quadro geral houve melhora no task success rate, e descartando-se os desistentes a taxa ficou em 100% para todos que realizaram o teste até o final.
Abaixo podemos ver algumas sequências de telas com os heatmaps mostrando a execução de algumas das principais tarefas.
Pacientes
Buscar por um endocrinologista e marcar uma consulta com a Dra. Patrícia Fernandes.
Cancelar a consulta marcada com a Dra. Patrícia Fernandes.
Profissionais
Cancelar a consulta do Alex Mathias marcada para o dia 17/05 às 09:00h
No dia 25/05/2021 da agenda, marcar uma consulta para o paciente Dario Cavalcanti às 14:00h.
Iniciar o teleatendimento da consulta do paciente Luiz Souza Lopes, marcada para as 17h do dia 17/05/2021.
Adicionalmente
Os prints das telas de relatórios abaixo, mostram o “Usability Score” de 71 e 78, respectivamente para pacientes e profissionais, significando que a facilidade de uso se estabeleceu no limiar entre média e alta para ambos os casos, de acordo com as métricas do Maze.
Testes qualitativos finais e seus aprendizados
Novamente, foram realizados testes qualitativos com 6 possíveis pacientes e 6 profissionais, da seguinte forma:
a) Realização das tarefas do Maze, pensando em voz alta, com o mínimo de assistência possível para conclusão das tarefas.
b) Após a conclusão do teste, uma breve exploração pelo protótipo diretamente compartilhado pelo Figma, e uma conversa sobre sentimentos e percepções das aplicações.
c) Pontos críticos e sugestões de melhorias.
Todos os participantes concluíram com êxito as tarefas, porém o tempo de execução foi bem variado.
Adicionalmente, alguns usuários da pesquisa qualitativa profissional revelaram, mesmo concluíndo os testes com louvor:
“Queria que aparecesse o nome do ícone ao apontar o mouse”
“Acho que uma barra de rolagem para a grade de horários iria ajudar bastante”
A primeira citação acima é de profissional referindo-se a tooltips com o nome de cada seção nos botões do menu principal, o que não é possível implementar na atual versão do Figma mantendo a navegação, mas foi previsto para o desenvolvimento.
Na segunda ficou claro que o “detalhe do detalhe” na construção do protótipo fez falta, ao não exibir a barra de rolagem que, naturalmente, vai existir.
Quanto aos comentários qualitativos de pacientes:
“Eu não tenho o hábito de configurar mais de um lembrete para um evento”
“Eu queria poder fazer a pesquisa de um médico a partir da data”
Destaque: os participantes da etapa qualitativa não conheciam previamente as interfaces.
Conclusões finais
Ficou claro que a tendência “exploratória”, em contraponto ao solicitado, é fator humano inescapável e com todos os desafios que testes de usabilidade podem significar, os resultados foram excelentes, mostrando evolução nos indicadores de sucesso entre os testes, significando que os aprendizados iniciais ajudaram a criar um produto superior com o protótipo de alta definição.
Missão cumprida!
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